22 fevereiro, 2007

Recordações







22 de fevereiro de 2007.

A Clau estava "andando" por fotos antigas no computador. O arquivo é imenso. Imagine que juntos já temos 5 anos e calcule que o tarado aqui consegue fazer 300 fotos em uma festinha infantil de aniversário que dura apenas 4 horas. Conclusão: é foto que não acaba mais.
Eu adoro quando ela "anda" por estas fotos antigas. Também faço isto às vezes. Cada pose, cada lugar, cada clique parece ter uma história e uma lembrança. Há aquelas em que estou horrível, aquelas em que estou magro, aquelas em que estou pensativo e outras em que estou em plena ação. Como é bom recordar.
Quando tive a oportunidade de ir a Paris, Cannes e Londres, voltei com muitas fotos. Muitas dentro do possível. Ainda não existiam as câmeras digitais. Ah, se existissem! Talvez mesmo tendo ido a trabalho, com mais de mil fotos eu voltaria. Bem, quando voltei da Europa e revelei as fotos, fiquei frustrado. Continuo com o mesmo pensamento: as fotos jamais revelarão o que é cada lugar e cada momento. Elas são simplesmente imagens. Imagens que mostramos aos familiares, aos amigos. Acham lindo, fazem comentários, mas jamais sentirão o que nós, autores das fotografias, sentimos e vivemos.
Visitei ontem a pasta de Natal, viagem que fizemos no final de 2005. Ah, que saudades! Saudades do clima, do sol, das praias, dos passeios, das comidas, da sensação de liberdade, de descanso e despreocupação. Que saudades da diversão de um aerobunda, de uma volta pelas dunas, de um mergulho sem fôlego para ver os peixes e corais. Que saudades de fazer compras, mil tranqueiras para trazer a muitas pessoas. Que saudades dos momentos de amor com a Clau e a galerinha.
Eu digo que quando puder, irei conhecer Fortaleza. Que Natal, voltar a Natal, passou para baixo na lista. Mas, será? Pela lógica sim! Quantos lugares ainda há para conhecer! Mas Natal será sempre Natal!

20 fevereiro, 2007

A TV para Regina


20 de fevereiro de 2007.

Peguei a revista por acaso. Estava ali, jogada sobre uma mesa quase suja. Regina Duarte na capa: "A namoradinha chega aos 60".
Li. A revista perguntou como é a televisão de hoje, e eis a resposta:
- Olha, é genial, tem opções para todos os gostos, ainda mais com o cabo. Melhor que a televisão de hoje, só mesmo um excelente livro, uma boa conversa com gente informada e inteligente, um espetáculo de teatro de tirar o fôlego, um mergulho no mar em dia de calor. O problema é que a TV vicia, você fica ali sofrendo estímulos de consumo, enquanto a vida passa com tanta coisa boa lá fora. Sinto que a televisão fica cada vez melhor e a gente fica cada vez mais refém do seu domínio hipnótico.
Bem, eu só não concordo que a TV fica cada vez melhor... Podia ser bem melhor. Eu sempre achei, e já disse isto a algumas pessoas na minha vida, que os senhores Roberto Marinho e Sílvio Santos teriam o poder de educar e politizar melhor o nosso povo. O Roberto se foi e o Sílvio está aí. Admiro os dois. Já li a história do senhor Abravanel e agora estou na do Roberto. Mas por que não fizeram mais? Diz o livro sobre o Roberto que seu pai, Irineu, sempre direciou seus negócios baseado na média do povo, no gosto médio do povo...

07 fevereiro, 2007

Peneira e curiosidades


7 de fevereiro de 2007.

É um típico vice-versa. A peneira deixa passar o indesejável. Também deixa passar apenas o desejável. Depende. E depende não do usuário. Depende do produto.
Arroz na peneira. Água para lavar. Passa a sujeira, fica o arroz.
Suco de laranja na peneira. Coisa de fresco esta de tirar o sumo, mas passa o suco e ficam os gominhos.
Cliente comprador ou com intenção de comprar são distintos. Um pode, o outro pensa que pode. Passar na peneira e com o cuidado de não deixar passar o que é desejável. Tarefa difícil, às vezes, para um vendedor.
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Dia destes passei na Pamplona. Parado no semáforo ouvi uma torcida organizada ensaiando gritos de guerra. Interessante. Pensei que fossem próprios do estádio, que lá fosse o berço. Não! Reúnem-se e ensaiam. É mole?
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Eu nunca tive quem me respondesse uma pergunta: por que os aviões não atravessam o Pacífico para ir, por exemplo, ao Japão?
Encontrei um ex-comandante que me explicou. É um fenômeno chamado jet stream. Trata-se de uma corrente de ar que pára o avião, não o deixa ir para a frente. Uma viagem, por exemplo, à Coréia, deve sair do Brasil, parar em Los Angeles, subir até o Alaska e de lá prosseguir, descendo pelo Atlântico e além. A ida pode demorar 14 horas. A volta pode demorar apenas 9. É que na volta o jet stream está a favor do avião.
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