08 setembro, 2011

Memória palatal


8 de setembro de 2011.


Sempre quando passo em frente ao Centro Cultural de São Paulo, na rua Vergueiro, lembro-me do tempo em que trabalhava por ali por perto. Era meu primeiro emprego, numa agência de propaganda que não cabe aqui mencionar o nome. É, alguns lugares onde trabalhamos parece que desejamos para sempre esquecer... Apesar deste comentário, foi inevitável hoje me lembrar do Herbert, aquele maluco que me levou para a empresa. Conheceu-me certo dia, trocamos apenas algumas palavras e ele me convidou para ir para lá. A empresa nem era dele. A proposta, aliás, era que eu fosse sem ganhar qualquer salário ou ajuda de custo. O objetivo era apenas aprender, conviver com o cotidiano de uma agência, ganhar experiência em um lugar que era tudo o que qualquer estudante de publicidade gostaria. Fui. Nem um mês se passou e recebi a proposta para ficar de vez, para ganhar alguma coisa pelo meu trabalho. É claro que gostei e fiquei. O episódio da minha primeira demissão é que foi ruim. Foi uma demissão em massa do departamento de produção por uma greve branca planejada e executada.
Bem, mas lembrados os detalhes, voltemos à passagem pelo Centro Cultural. Ali em frente, em alguma dessas portas qua aparece na foto, provavelmente a de parede verde, funcionava um pequeno restaurante e lanchonete. Eu adorava almoçar por ali. Havia um sanduíche no prato maravilhoso, delicioso mesmo! Não sei qual era o segredo do prato, mas era diferente de tudo o que já comi na vida. Inesquecível. 
O tempo passou, não voltei mais lá, e tempos depois o local fechou. Creio que devem ter subsistido por alguns anos, mas fechou. No dia em que passei por lá e vi as portas cerradas, aquela cara de fim, lamentei. Ficou e fica apenas a memória palatal. Sim, esta sempre me visita. Basta passar por ali.

07 setembro, 2011

Independência ou morte!

7 de setembro de 2011.
A frase é bem sugestiva quando se pensa na data de hoje. É boa para reflexão e confesso que ando pensando muito no assunto.
Ontem fui comprar uma Coca, o que, aliás, faz parte do meu cotidiano, e o Zé Santana fez um comentário. O comentário veio, na verdade, porque antes da Coca peguei um Guaraná que a Gabi havia pedido.
- Ah, Guaraná! - e eu com o produto na mão. A expressão, assim mesmo com ponto de exclamação, saiu porque ele sabe que o que vou comprar não é aquilo. Foi uma expressão de surpresa, como se estivesse dizendo: puxa, hoje vai mudar!
Quando viu que peguei a Coca, murchou e continuou a fala:
- Você sabe que Coca é uma bebida que faz mal, né? Beber muito faz mal para os ossos...
- Fazer o que? É um vício!
- Pois é, vicia e vicia mesmo! Mas quando a coisa faz mal, aí é que as pessoas compram mais.
Pronto. Está aqui o ponto. É como outras bebidas, cigarro, drogas, e sei lá quantas coisas mais. Pessoas sabem que faz mal. Anúncios já são até obrigados a informar sobre o mal decorrente de alguns produtos. Mas as pessoas compram. Consomem. Tornam-se dependentes, viciadas.
A frase do Dom Pedro I não é simples. Há uma série de implicações por trás dela, relacionadas ao seu próprio contexto, logicamente, e há um amplo horizonte também por ela contemplado. Sim, os assuntos que podem ser a ela relacionados são vários e eu penso que, especialmente em relação aos vícios nossos de cada dia, deveríamos parar para pensar. Mais do que pensar, é preciso tomar uma atitude. Ponto final.

01 setembro, 2011

Um passeio em Curitiba

1 de setembro de 2011.


Em Curitiba pela primeira vez, fizemos hoje um passeio com as meninas. Fizemos, eu e Haroldo Luís, meu irmão querido.
As meninas se deram muito bem, muito mesmo. Enviei até um e-mail para o avô dizendo que são agora melhores amigas.
O céu estava azul, azul, azul! Lindíssimo. O azul contrastava com o verde das árvores e da grama. Um parque imenso, lindo!
Balanças foram a principal emoção e entretenimento. Voar até o céu! Mais alto, mais alto, pai! Uma delícia!
Muito bom ter um dia diferente, viver momentos de alegria, ver o sorriso das crianças.
Brinquei muito com a Gabi e com a Raquel. Divertiram-se. Mais tarde, na mesa do café da tarde, a Raquel levantou-se, veio ao meu ouvido e cochichou:
- Eu te amo!
Adorei, claro. Um eu te amo inesperado é sempre emocionante e inspirador. Um beijo, minha querida sobrinha!