23 março, 2011

Brincadeira no trânsito

23 de março de 2011.

Eu sempre gostei de números e letras e, claro, de brincar com eles e elas.
Um dia desses estava no trânsito e vi a placa ANT8910. "Antônio", pensei. "Deve ser este o nome do dono do carro!" Para mim, se o oito fosse zero estaria mais perfeito, mas como o oito começa com "o" e o nove com "n", pronto! Era claro que a placa dizia "Antônio".
Desde que comecei a ver as placas EGG já achei um negócio legal. Os "ovos" do trânsito começaram a se multiplicar e eu decidi marcar quais deles eu já havia visto. Será que consigo encontrar quantos dos 9.999 possíveis? Até hoje, apenas dezessete. O que parecia fácil é mais difícil do que imaginava.
Uma vizinha tem a placa DRA. Imaginei "doutora". Depois que comecei a ver os vários "DR" com outras letras, passei a brincar de encontrar o Doutor A, o Doutor B, o Doutor C, e assim até o Doutor Z. Em apenas três dias de trânsito faltava encontrar cinco doutores da equipe. Veio o quarto, o quinto, o sexto e o sétimo dia, e ainda me faltam quatro. Começarei a brincadeira novamente só quando completar a lista.
Coisas de quem não tem o que fazer mesmo. E daí? Enquanto se enfrenta o trânsito, música ou notícias e leitura de placas! 

19 março, 2011

Que linda!


19 de março de 2011.


Ela chegou arrasando naquele jeans justo e no salto alto. Cabelos soltos, pele morena, um morena típico de pós-feriado, daqueles que vai além da cor natural, daqueles que ainda irradia o calor do sol e o clima de praia. Os olhos masculinos se voltaram todos à cena, ao desfile. E ela parou ali, na fila, logo atrás de mim.
Pouco tempo e ela começou a brincar com a minha filha. Identificou-se como Gabi também, logo que soube do nome da minha pequena. Trocamos algumas palavras sobre nossos filhos. O telefone tocou e ela atendeu: Gabriele, diferente da minha Gabriela. 
Ontem eu fui mais uma vez àquele banco. Estava na fila e me lembrei da Gabi. Instantes depois nossos olhares se cruzaram. Ela estava ali também. Cumprimentamo-nos de longe e ela perguntou da Gabi. Respondi que estava na escola e mostrei a ela minha camiseta, com a imagem que ilustra este texto:
- Mas ela está aqui comigo!
Sorriu e continuou linda esperando um atendimento naquele balcão.
Que linda!

8 minutos


18 de março de 2011.

Olhei o relógio e vi que faltavam mais ou menos quinze minutos para o meu horário de saída. O corpo pedia um descanso. Puxei o celular do bolso, ativei o alarme. Cinco minutos antes do horário que eu precisava sair já era suficiente. Deitei no sofá. Apaguei. Foi um sono profundo. Ouvi um toque de telefone bem baixinho e acordei. O toque, na verdade, era alto. Era eu que estava muito distante, em alguma outra esfera. Olhei no relógio. Ainda me restavam alguns minutos, mas acordei e atendi ao telefone. Oito minutos. Foi o tempo do meu sono. E que sono bom! Saí para o meu destino.