Usurpar
8 de abril de 2012.
“Nada se cria, tudo se copia”. Procurar o autor da frase
parece um pouco difícil, embora seja uma frase muito falada e conhecida. A
Wikipedia cita o velho José Abelardo Barbosa de Medeiros, falando
especificamente da TV.
Penso que criar é algo que, sim, existe. Há, sim, criadores.
Cérebros funcionam, pensam, solucionam, encontram alternativas e caminhos,
desenvolvem, realizam. Também há, sim, os copiadores.
Ser copiador, em si, não é errado. Penso que pode-se copiar
e copiar pior, igual ou melhor. É possível adaptar para uma outra função. É
possível melhorar o que é original para o mesmo fim. Copiar não é pecado.
Pecado é usurpar.
Usurpar, segundo o Aurélio, é apossar-se à força, ou por
fraude, de. Usurpar é exercer indevidamente.
Se a criação não é sua, não se diga autor. Você pode ser o
autor daquela obra, mas não da criação. Assumir-se como autor de uma criação
deveria ser algo mais sério, mais pensado, mais responsável. É muito fácil
dizer e posar de majestade.
Quando se copia, melhor divagar na resposta quanto à
autoria. Melhor dizer que inspirou-se em outros objetos de pesquisa. Melhor não
usurpar.