18 agosto, 2010

Junto com os porcos

18 de agosto de 2010.

É. Cheguei. Parece o fundo do poço. O que eu fiz da minha vida? Quantos erros! Quando caminho torto, quanto desvio! E agora? Não sei voltar.
Tomei socos e tapas na cara. Da própria filha. Minha mãe chorou. Pediu que eu volte.
Chorei timidamente falando com Deus. Só Ele pode me tirar do lugar onde fui me enfiando.

15 agosto, 2010

Friaca!

15 de agosto de 2010.

Capital paulista registra tarde mais fria do ano, segundo o CGE

Do UOL Notícias
Em São Paulo
A cidade de São Paulo registrou neste domingo (15) a tarde mais fria do ano, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Informações da estação meteorológica convencional do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), situada no Mirante de Santana, na zona norte, mostraram temperatura mínima de 9,7ºC e máxima de 14,1ºC, batendo o recorde anterior de 14,5ºC da tarde do último dia 4 de agosto.
A forte massa de ar polar associada aos ventos úmidos que vem do oceano, além de ter provocado uma queda bastante significativa da temperatura nas últimas 48 horas, causou baixa amplitude térmica neste domingo na capital paulista.
As estações do CGE registraram mínima de 7,9ºC em Parelheiros, zona sul, e máxima de 14ºC no Itaim Paulista, zona leste. Porém, com base no monitoramento, a sensação térmica durante todo o domingo variou entre 3ºC e 10ºC.
Para as próximas horas, o vento frio e úmido mantém a temperatura baixa. O céu permanece nublado com garoa em pontos isolados.

Nunca reclamei, nem falei nada, mas um dia vi que meu overcoat foi doado. Eu já sabia que a Clau não ia com a cara dele, mas eu, eu adorava aquela peça de lã uruguaia. Fiquei pensando hoje nele. Ele ficava guardado muitos e muitos e muitos e muitos dias do ano. Quando chegava aquele frio, daqueles como o de hoje, ah, eu ficava quente, praticamente debaixo de um cobertor. Delícia. Mas, bem, voltando a hoje, senti saudades. Pensei que deve estar agasalhando alguém que precisa mais do que eu. Talvez seja a única peça de uma outra pessoa para esta friaca. Tudo bem. Ficam as saudades. Um dia, quem sabe, eu tenha a oportunidade de ter outro. E acho que vou querer igual...

10 agosto, 2010

Bomba

10 de agosto de 2010.

Olho para minha filha e penso, me pergunto até onde irei. Quero vê-la crescer mais, passar os anos na escola, preocupar-se com notas, fazer algum esporte, ter idéias do que ser “quando crescer”. Quero me preocupar com seu namoro, com suas saídas, com suas amizades. Quero ver este cérebro privilegiado destacar-se. Quero ver os frutos da criatividade que já se mostra diferente e grande...
Penso muitas coisas, normalmente ligadas à Gabriela, ao seu futuro, e me pergunto até onde irei. Peço a Deus que me dê mais dias, que me permita ver minha filha em seu caminho. Só Ele pode.
Em algum momento eu olho para mim. Penso que já escrevi antes, mas tenho que me controlar. Tenho que cuidar da minha saúde e não cuido. Tenho que comer menos e como mais. Desejo uma coisa, a vida longa, e trabalho contra, preparando um suicídio. Ando como uma bomba. Posso explodir.
A questão é a consciência. Já existe. Preciso desenvolver, alimentar, fazer crescer. Depois, ou já, a questão muda para atitude. Preciso tomar.
Amo demais você, filha. Amo demais vocês, meus filhos que andam distantes.