23 março, 2007

Saudades da TV


23 de março de 2007.

O que diz o título é mesmo o que estou sentindo. A verdade é que sempre fui um viciado em TV, principalmente em filmes e esportes.
Ando trabalhando muito. Chegar em casa é ter afazeres, alguns muito prazerosos, outros nem tanto. Ficar com a Gabriela no colo, enchê-la de carinho, conversar com a Clau, são coisas maravilhosas. Estudar para as provas com as crianças é, às vezes, estressante. Lavar a louça ou o banheiro, ou passar a roupa, confesso que é apenas obrigação. Prazer, nem sempre. Às vezes até me divirto lavando o banheiro. Gasto mais de hora por lá. Mas não é sempre que estou disposto...
Bem, voltando, sinto falta da TV. Não ando assistindo nem telejornal, nem novela, nem um joguinho de futebol. Big Brother, depois mais os vinte minutos ao vivo no Multishow, e depois a Clau, invariavelmente, vai para o Discovery Home & Health. E eu apago no colchão. Cansei daqueles programas sobre maternidades, cirurgias plásticas, relacionamentos e afins. Nada de filmes, de jogos, de notícias, de nada. A bem da verdade, nem notícias me dão vontade. Quero mesmo é um filme, um esporte. Lazer. Nada de ocupar a cabeça com o que está acontecendo pelo mundão. Relax...
Fico olhando minhas prateleiras de DVD. Quantos filmes tenho vontade de assistir, de reassistir, mas...
Posso apenas dizer: que saudades!

14 março, 2007

Sonhos


14 de março de 2007.

Ando meio sumido deste meu espaço. Minha cabeça anda pouco criativa embora minha vontade de escrever esteja sempre em alta. Penso que o trabalho tem me consumido, mas um consumido no bom sentido. Ando feliz, realizado. Falta apenas ganhar dinheiro, mas isto é um detalhe.
Chegando ao assunto do título, sempre ouvi que as pessoas sonham, que todas sonham. Eu, porém, raramente me lembro de algum destes sonhos. Dizia que não sonhava, que meu sono talvez fosse pesado demais.
Pois não é que nas últimas duas semanas eu tenho sonhado? Quando acordo me lembro e logo em seguida já me esqueço. Mas sonho. Parece que os sonhos que ando tendo acontecem quando falta uma meia hora para eu acordar. Às vezes acordo e volto a cochilar e o sonho continua. As imagens são fortes, permanecem à vista.
Estranho. Muito estranho...
Pode ser paixão. Estou apaixonado, louco, desvairado, varrido, estarrecido de amor pela minha filha Gabriela. Linda! Crescendo, engordando, delineando melhor seus traços, suas feições...
Ontem fiquei pensando num futuro próximo: ela já andando, falando, puxando a minha calça e me chamando de "papai", me chamando para sentar no chão e brincar. Imagino-a ainda gordinha, cabelos castanhos claros, mais compridinhos, com aquele olhar inocente, encantador, sorridente.
Enquanto este tempo não chega, fico aqui sonhando e vivendo o hoje, carregando-a no colo, enchendo-a de beijos e carinhos, dizendo o quanto a amo, trocando suas fraldas, fazendo-a arrotar, ouvindo seu choro forte próximo ao meu ouvido, amando seu sorriso enquanto dorme, tentando puxar um sorriso enquanto olha para mim. Converso com ela. Canto. Invento músicas até.
Agradeço a Deus o presente que me deu e peço que me dê mais anos e saúde para vê-la crescer e a acompanhar...
Um sonho que virou realidade.

06 março, 2007

Amadurecimento


6 de março de 2007.

O mês das águas do Tom chegou (e com Elis fica melhor ainda), e chegou trazendo-me raios solares mais quentes. O sentimento que me invade é de amadurecimento de circunstâncias, de situações, de relacionamentos que tenho desenvolvido nos últimos dois meses. Bons horizontes... Horizontes, inclusive, talvez nem seja uma boa palavra, neste caso, porque o horizonte parece sempre que nunca chega. É, o horizonte sempre estará lá, lindo às vistas, mas distante, inalcançável. Penso, para escrever isto, no mar, em plena navegação, seja em navio, iate, lancha ou canoa. Tanto faz. Voltando à vaca fria, parece que bons ventos chegam ao meu rosto, como brisa suave e envolvente, que traz alívio, felicidade, dias melhores...

02 março, 2007

História antiga



2 de março de 2007.

Estava lendo meus blogs favoritos quando cheguei ao do Rafael. A história da batata me fez lembrar de um episódio muito antigo.
Eu, adolescente, fui acampar com uns amigos lá para os lados de Atibaia. Para quem conhece, sabe que fica "logo ali". Mas adolescentes não têm carro. A solução foi rodoviária e ônibus.
Saímos por volta das quatorze horas. Na estrada, porém, a chuva da manhã, forte, diga-se de passagem, havia provocado uma queda de barreira. Estrada interditada, homens trabalhando e a gente esperando.
O relógio parecia não andar. O tempo ali foi tedioso, lento, e nada. Mas as horas se foram e conseguimos passar. Já era noite. A chuva voltara e castigava a região. Ficamos na estrada e nos informaram que havia um jeep transportando as pessoas até o local do acampamento. Significava mais espera. Uma sorte foi ter uma casa de material de construção ali onde estávamos. Ficamos sob a marquise. O frio aumentava e a chuva não nos dava muita esperança de uma semana de diversão. Estávamos com aquela sensação de "nos ferramos. O que viemos fazer aqui?"
E o jeep? Nada de chegar. O relógio continuava andando, a noite entrando forte, e nada do jeep.
Finalmente nos lembramos da fome. Estávamos desde o meio-dia, talvez, sem água e sequer um salgadinho. Dois amigos resolveram sair pela escuridão da estrada e ver se encontravam algo comestível. Voltaram uns quarenta minutos depois com um saquinho cheio de pães de queijo. Frios, murchos, horríveis. Mas aqueles horríveis talvez tenham sido os melhores pães de queijo que já comi na vida. Jamais esqueci. Só esqueci mesmo foi de registrar esta história por aqui. Pronto. Agora está registrada.
Ah, a hora em que chegamos depois ainda de um atolamento? Quase três da madruga... É, e é isto mesmo: jeep atolado. Acredite quem quiser.