22 abril, 2007

Equilíbrio



22 de abril de 2007.

Ansiedade. Tristeza. Amargura. Dúvida. Não, dúvida não, mas há uma força contrária que empurra e eu aqui, tentando resistir. É isto: resistência. Não é teimosia. O fato é que acredito mesmo no caminho que trilho. A porta é que parece estar longe, a porta do destino que antevejo. Tenho tentado chegar nela mais rápido, talvez não com tanto afinco, mas tenho tentado. Há instrumentos de ajuda e eu tenho usado cada um deles. Não quero chegar ao estágio de chatice, mas talvez tenha que persistir mais, ir mais ao campo de ataque. Tenho que deixar a insegurança presa, amarrada, acorrentada. É como se o jogo estivesse perdido por um a zero. Perdido por um, perdido por dez. O "não" eu já tenho como resposta e o máximo que posso conseguir é o "sim", como já dizia o C.C.S..
Dedicar mais de mim pode ser um rasgo no outro lado do pano, coisa que eu não quero. Onde está a balança para que eu tente equilibrar os fatos? Ah, meu Deus, ajude-me, por favor. Mas Deus não faz favor. Ele usa de misericórdia quando a gente nem merece. É o meu caso. É do que ando precisando...

04 abril, 2007

Uma descida não desejada


4 de abril de 2007.

A data aí de cima só está aí porque já passou das zero horas. Aliás, até que já passou bem, principalmente para quem anda como um aparelho eletrônico qualquer... Explico: já não vou dormir agora. Basta deitar e eu apago, como se tivessem me tirado da tomada. É, a vida anda assim.
O dia de hoje (ontem, na verdade) começou com meus ânimos em bom estado. O trânsito de São Paulo estava pesadíssimo mas eu, como saíra de casa mais cedo e não propositadamente, estava tranqüilo. Reparei o quanto é bom ter que passar quase todos os dias em frente ao Parque do Ibirapuera, em frente à Assembléia Legislativa. A gente vê verde, um pedaço de natureza. Dá para entender o motivo pelo qual as pessoas que compram apartamentos hoje em dia buscam uma "vista". Pagam até mais caro para ter a "vista". Esta, via de regra, tem que ser verde. As árvores dão aquela sensação de paz, de distância da realidade concreta da metrópole. E eu ali, parado no trânsito, vislumbrando um mar de automóveis pelo meu retrovisor, e aquele verde lindo logo à minha esquerda e à direita. Tive boas sensações. Foi um bom começo de dia.
Depois que este senhor, o dia, invadiu mesmo toda a casa, as coisas começaram a acontecer e, vamos dizer, até que bem também. É, continuei com boas impressões e boas perspectivas.
Mas, e sempre há um mas na história, como já escreveu anos atrás meu querido amigo Brabo, ao final da tarde bateu um desânimo, uma descrença no trabalho, um quê de algo errado, um sentimento de abandono, um questionamento sobre o porque das coisas não estarem dando certo. A ansiedade, que tenho deixado bem guardadinha, colocou a cara para fora da janela. Que merda!
Para completar o dia, ou a descida não desejada, como diz o título do post, a Clau desabafou umas que me encheram de tristeza. Estou para baixo. O negócio é ir dormir, ou apagar, ou desligar, e esperar que o dia de amanhã (hoje) já nasça sem trazer estas más lembranças da queda de hoje.
Humpf.