25 junho, 2006

O que fazer com a liberdade?


25 de junho de 2006.

Desempregado novo no mercado é aquela merda. Não sabe o que fazer da vida, não sabe o que procurar, onde procurar, quem procurar e outros "procurar". Acaba assistindo mais TV e, mesmo com uma gama maior de canais do que a da TV aberta, acaba caindo na Globo. Uma vez na Globo, uma ou outra cena de novela acaba lhe amarrando. Mesmo que não amarre com aqueles nós de marinheiro, um lacinho, ao menos, lhe é posto no cérebro.

Pois bem. Vamos até Sinhá Moça. Aquele monte de frases ditas e repetidas me dá nos nervos, mas chamou-me a atenção o fato de os negros desejarem tanto a liberdade. Carta de alforria! Alguns, depois de muito tempo perdido, a conseguiam. E agora? O que fazer com a liberdade? Para onde ir? A quem procurar? Em que e onde trabalhar?
Pensei que aquilo que estava vendo, e repetidamente vendo, era um retrato do que eu estava vivendo. Desempregado eu estava livre. Agora, o que fazer? Depois de procurar sem sucesso outros grilhões, dei conta de que poderia ficar, permanecer mesmo livre. E fui para a rua tentar a área de vendas. Medo. Foi como soltar um maltês numa selva. É, eu me retraí e não conseguia nem abordar algum possível comprador. Mas meus quarenta anos me ajudaram. Comecei a pensar e a tentar encontrar a razão daquele medo. Por que não raciocinar? Por que não fazer uma auto-terapia? Eu poderia descobrir as causas e trabalhá-las em minha consciência. Eu poderia treinar-me. Eu poderia vencer.
Confesso que não foi fácil, mas acredito que consegui. Ando mais confiante, mais encorajado, mais feliz, mais vislumbrador de um ótimo futuro. Ando com um espírito vencedor. Ah, e saibam que ainda andam querendo me arrumar cadeias novas. Eu agradeço, sorrio, faço que até tenho interesse, mas lá no fundo já estou em outra. Eu sei que vou me dar bem, mesmo sem ainda ver qualquer resultado...

Saudades


25 de junho de 2006.

É, meu blog, estou com saudades. Agora tem sido tão difícil chegar até aqui... Para início de conversa, parece que falta assunto. É, minha mente não anda tão criativa assim. Depois vem a falta de tempo e, confesso, às vezes até falta de ânimo. Com você ainda posso me desculpar, colocar aqui uma imagem que represente uma das lágrimas que saem do meu peito por eu não ter vindo lhe visitar... Mas, e os amigos a quem não mais visito? Fazem tão bem ao meu ânimo diário e eu simplesmente nem mais os procuro...É, é triste. Mas tentarei melhorar. Se servir de consolo, minha câmera também anda abandonada e já não tem sido minha companheira de rua. Pode dizer que são apenas desculpas. Eu fingirei que não ligo, mas no fundo sentirei como uma facada....

14 junho, 2006

Batata!



14 de junho de 2006.

Dia sete e a menstruação ainda não chegara. Eram quatro dias de atraso. O Doutor apareceu num sonho dando a notícia da gravidez. Batata! Bastaria ir à farmácia mais próxima e comprar um daqueles testes de gravidez.
A ansiedade era grande e o teste logo foi realizado. Batata! Bebê à vista!
Dia oito e o Doutor já foi visitado. É, assim, sem muita burocracia com marcação de horário, sala de espera e afins. Entrei junto, no consultório. O que ouvi? Um sonoro "parabéns!". É, serei papai outra vez.
Ainda não divulgamos a ninguém a notícia. A ninguém da família, claro, porque aqui já está escancarada.
Ah, uma observação: nem dêem ainda parabéns à mamãe. Se ela souber que eu já divulguei será briga na certa...