30 março, 2010

Ao grande homem Armando Nogueira

30 de março de 2010.

"Bem que a vida poderia imitar o basquete, só valeira o tempo intensamente vivido, na ação ou na contemplação, o tempo consumido no sono e na melancolia não deveria ser contado, eu estaria hoje na flor da idade". Armando Nogueira.

Foi com esta frase que terminou ontem o Jornal Nacional. É apenas uma delas, daquele que se foi, do poeta da bola, do romântico jornalista. Em seu texto, beleza, graça, brilho, arte, sorriso, alegria, sonho. A vida como ela é parece que passava longe do modo de vida de Armando. Sua visão era apenas do lado belo, lindo, feliz. Talvez nem fosse, mas era apenas isto o que saía de suas letras para quem o quisesse ler. Esperança. Fé. Magia.
Obrigado, Armando, por todas as suas palavras, por todo o seu romantismo, por toda a sua esperança, por transmitir a vontade de sonhar e acreditar, por querer que cada um não desistisse jamais. Obrigado por transformar um instante em poesia, em maravilha, em imortal.
Que este meu blog, ao qual nem dedico mais uma parte do meu tempo, infelizmente, não vire apenas homenagens a pessoas que admiro e admirei.
Imagens da Internet. Gostaria de dar o crédito aos autores, mas não os identifiquei. Fica a caricatura com a assinatura de quem a fez. Obrigado.

18 março, 2010

Glauco


12 de março de 2010.

Eu não o conheci pessoalmente. Conheci e admirei sua criação, seu humor, sua arte. Divertiu-me. Tinha a capacidade de fazer isto em segundos, num pequeno espaço do jornal, com pouquíssimas letras e com os traços de seu desenho. Trouxe sorriso, risada, gargalhada. Para mim, sempre diferente, sempre um destaque, aquele que eu lia primeiro. Obrigado, Glauco.

Glauco Vilas Boas: assassinado na madrugada de 11 para 12 de março. O texto acima foi escrito em 12 de março de 2010, como uma homenagem particular. Postado hoje apenas por forças das circunstâncias.

Mundo meu

10 de março de 2010.

Mente trabalhando. Memória, preciso de você! Agenda nova, registros passados. Hoje já é dez de março e quero deixar escrito e marcado tudo que já passou. Viagens, Minas, Rio, São Paulo. Mestre Noé que não sei nem de onde é. A letra parece que não importa. Tremida, irregular, tanto faz. Os solavancos do ônibus apenas fazem parar a caneta por alguns segundos.

A nova agenda não é minha. É pescoçada. Descobri apenas que a autora gosta de esoterismo. É agitada, nervosa. O pai aniversaria hoje. Foi embora. Eu fiquei.