10 agosto, 2010

Bomba

10 de agosto de 2010.

Olho para minha filha e penso, me pergunto até onde irei. Quero vê-la crescer mais, passar os anos na escola, preocupar-se com notas, fazer algum esporte, ter idéias do que ser “quando crescer”. Quero me preocupar com seu namoro, com suas saídas, com suas amizades. Quero ver este cérebro privilegiado destacar-se. Quero ver os frutos da criatividade que já se mostra diferente e grande...
Penso muitas coisas, normalmente ligadas à Gabriela, ao seu futuro, e me pergunto até onde irei. Peço a Deus que me dê mais dias, que me permita ver minha filha em seu caminho. Só Ele pode.
Em algum momento eu olho para mim. Penso que já escrevi antes, mas tenho que me controlar. Tenho que cuidar da minha saúde e não cuido. Tenho que comer menos e como mais. Desejo uma coisa, a vida longa, e trabalho contra, preparando um suicídio. Ando como uma bomba. Posso explodir.
A questão é a consciência. Já existe. Preciso desenvolver, alimentar, fazer crescer. Depois, ou já, a questão muda para atitude. Preciso tomar.
Amo demais você, filha. Amo demais vocês, meus filhos que andam distantes.