19 abril, 2010

Instantes

6 de abril de 2010.

Molhado de chuva. Sinto frio, apesar da jaqueta. Pés úmidos, talvez menos do que os tênis. Eles é que sentem. Justo no local onde estou é que a poça d´água se forma. Alguns produtos precisam de varal. As pernas estão pesadas, assim como os olhos após o pequeno período de sono. Cochilei. Poucos minutos, mas cochilei. Quando acordei, aquela calcinha cavada e enfiada na bunda me espreitava. Talvez estivesse ali me monitorando, rindo da minha fraqueza, da suposta fraqueza. Olhos interessantes. Perfumados. A água no chão e caindo do céu aumenta o espelho. Reflexos. São o que vejo. O rádio não me dá esperanças. Espero não adoecer. Preciso jogar na Quina. Torcer por ela e pela sena. Vou ganhar. Ponto. Meu olho esquerdo está dolorido e um pouco inchado. Pensei que ficará "amassadinho" como o da minha Gabi. Cada dia mais linda. Cada dia com mais do meu amor. Nossa, até minha cueca está molhada... Luz. Lâmpada forte acesa logo ali. Olho o relógio. Dez e quarenta e quatro. Fui dar uma volta. Onze horas e apareceu um rodo salvador. Puxei o excesso de água para fora do lugar dos meus pés. Há um tremor sob eles, como um grande tambor ritmado. O que será? Ajudei a dona da calcinha, comi uma Maxi Goiabinha que ganhei da Teca e voltei a escrever. Vento. A chuva deu uma trégua. Começou o Jornal de Esportes da Pan.