22 dezembro, 2006

Apagar das luzes


22 de dezembro de 2006.

Sexta-feira. A última antes do Natal. No escritório nada para fazer. Dia de preguiça, ritmo de férias. Apenas conversas, risadas, expectativa pela festa de confraternização, pela troca de presentes, pela carne e pela cerveja até explodir. Isto é o escritório. Lá embaixo, na grande loja do comércio varejista, movimento. Muito movimento. O staff de lá vive outro ritmo, incansável, alucinado, a mil por hora, ouvindo reclamações de clientes, se apertando em meio ao empurra-empurra.
Chega finalmente as dezoito horas, a hora oficial de terminar o expediente. Até que todos se arrumem, fechem suas gavetas, suas bolsas, coloquem seus paletós e acessórios, já se passou mais de meia hora.
Saímos para a rua. Ainda há um pouco de movimento. No centro de São Paulo a coisa é bem diferente dos shoppings que devem estar lotados. Há sujeira no chão, nas ruas e nas calçadas. Uma dupla de meninos cheira esmalte roubado da loja. Na semana que virá será assim, com ninguém nas ruas. Apenas este clima de preguiça, de apagar das luzes, de fim de mais um ano.
Foi o que vivi durante vários anos. Hoje, apesar de não trabalhar mais no mesmo lugar, voltei a sentir o mesmo marasmo, o mesmo clima, a mesma sensação de final de festa. Chato.