04 novembro, 2006

Velha infância


4 de novembro de 2006.

Tenho que agradecer minha mãe por ter guardado, talvez por uns trinta anos, o meu brinquedo. Ganhei quando tinha apenas três de idade. É o da foto: Topo Gigio. Ganhei depois de operar a garganta. Deve ter sido um tipo de prêmio.
Brinquei muito. Assisti a todos os episódios do ratinho italiano. Tive o disco, um LP com a foto de Topo Gigio num fundo preto e com o verso em preto e branco com algumas fotos do que a gente via na TV.
Minha mãe fez bem em guardar. Talvez no fundo ela saiba que valor teve e tem ainda para mim.
Achei no endereço
www.infantv.com.br/topogigio.htm um texto que explica um pouco do que foi minha febre:

“Aqui no Brasil, Topo Gigio começou na TV Globo, no programa de auditório Mister Show (1969) e fez um grande sucesso na época. Com o término do programa em novembro de 1970, o bonequinho ganhou um programa com o seu nome onde contracenava com Agildo Ribeiro, seu interlocutor humano. Este programa tinha um objetivo educacional de orientar as crianças em suas obrigações diárias como escovar os dentes, lavar as orelhas, fazer oração, entre outras coisas.
No programa, o ratinho manipulado por Laert Sarrumor e Agildo protagonizavam enquetes enquanto cantarolavam `Meu limão, meu limoeiro`, entre outras músicas. As crianças esperavam ansiosas pelo momento em que o boneco, no final do programa, pedisse `um beijinho de boa noite` com seu sotaque italiano e balançando a perninha.
...
No episódio final, as crianças não conseguiam esconder a tristeza ao ver o boneco indo embora com uma trouxinha no ombro, virando-se no caminho para acenar para o público.”

Pois é, há uns dois anos eu “dei” meu boneco para a Aline, com a condição bem condicionada de que tomasse conta, de que cuidasse MUITO. Afinal, um brinquedo de 37 anos não é qualquer pessoa que tem. Expliquei a ela que a roupa que ele veste hoje foi feita por mim. A original rasgou-se com as muitas brincadeiras, uma pena.
Olhando ontem para o boneco lembrei-me do Agildo Ribeiro. Também gostava muito dele. Pena estar hoje apenas naquele “Zorra Total”. Recuso-me a assistir. Mas fica a lembrança da criança. Esta e outras lembranças serão eternas, marcos para uma vida.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu tenho minha Suzi até hoje. Ela tem 33 anos... Mas como só tive o Léo, ficou guardada.. quem sabe para uma neta, que eu vou estragar de tanto mimar!!! rssss...

Beijos

6:24 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu também brinquei muito com o meu Topo. Tinha dois, mas minha mãe e eu mesmo não fomos tão cuidadosos com ele. Hoje eu só tenho a cabeça dele espetada por um lápis, meio mórbido, mas eu gosto muito. Tenho uma prima que coleciona bonecos e ela me disse que este pequeno ratinho, no mercado de bonecos, custa até R$3000,00, dependendo do estado em que se encontre. Perguntei a ela se uma cabeça valeria R$1000,00, avaliando que os corpos se dividem em cabeça, tronco e membros ou seja, a terça parte do boneco. Ela gargalhou. Para bom entendor meia gargalhada basta.

5:57 PM  

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