06 agosto, 2009

Velho conhecido

6 de agosto de 2009.
Ele ficou ao meu lado, se não erro, por quatorze anos. Um amigo – diriam alguns. Um grande amigo – poderiam até dizer. Eu, porém, que vivi o cotidiano, digo que não passa de um colega ou talvez até um simples conhecido. Sim, porque amigo tem graduação. Amigo não é recruta, é marechal. Amigo quer e faz bem. Este, de quem falo, faz mal. Destrói. E estava sempre ali.
O Lukas pediu que eu o deixasse. O Sylas concordou. Respondi que sim. Quando o primeiro encontrou-me, tempo depois, perguntou. Eu ainda não o dispensara, mas sabia que era o melhor a fazer.
Um dia a Gabriela deu-me um abraço, um beijo e disse que me ama. Foi o motivo para eu largar aquele companheiro. Amor. Querer viver mais para ver, conviver com meus filhos. Amo demais os três.
Adeus, velho conhecido. Adeus.
Ele se foi. Foi, porém, bater na porta de quem primeiro me pediu que o deixasse. E entrou.
Descubra logo, meu filho querido, que o abraço que recebeu pode ir embora. Deve ir. Não vale a pena esta companhia. Viva. Viva mais. Viva feliz. Eu amo você.