Memórias em metáforas
15 de novembro de 2011.
Bem ali, perto dos lagos gêmeos de claras águas, duas
meninas brincam felizes. São irmãs. Uma pequena, uma nem tanto assim.
Brinquedos, desenhos, estórias ocupam espaço no cotidiano da menor. A outra,
como diz a música, já está enjoada da boneca, com aquele sinal de que o amor já
chegou ao coração... Olha-se no espelho das águas, posa, dança, faz charme.
A erosão leva a terra aos poucos, cava sulcos que não
existiam, degraus a serem transpostos. O caminho para leste ou oeste leva ao pé
das montanhas. O algodão já começa a tomar conta ali de baixo e promete subir o
morro. É sempre assim: o algodão toma o morro e quando se vê já é um belo
tapete branco.
O tempo passa, vai embora, e nem se percebe. Os dias são
vividos, as memórias ficam próximas e apenas os detalhes se perdem. Dia desses
esqueci da sétima garota, a Maristela. Quase imperdoável. Tive que voltar e
reescrever, acrescentando seu nome, é claro. Uma memória sem ela estava falha,
faltando um pedaço que, ainda bem, depois encontrei. A Maristela também
brincava com outras seis amigas perto daqueles lagos. Cantavam, dançavam,
sorriam.
Ah, esses lagos gêmeos de claras águas!
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